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8 respostas às suas questões sobre transferência de crédito

09.05.2022
Crédito

A transferência de crédito à habitação pode ser a solução para reduzir as suas despesas.


Com a inflação a subir mais do que nos últimos anos, com a perspetiva de aumento das taxas de juro, em particular da Euribor, todas as estratégias para poupar são bem-vindas.

A transferência do crédito à habitação é uma das opções disponíveis para quem tem neste momento spreads mais elevados. Agora ainda é oportuno fazer esta alteração, uma vez que os bancos em geral dispõem de spreads mais vantajosos do que há alguns anos. Uma consulta rápida à oferta dos principais bancos permite verificar que muitos apresentam spreads de 1% ou pouco mais, o que pode representar uma poupança avultada ao longo de todo o contrato.

Ao terminar a leitura deste artigo ficará a saber a resposta a muitas questões que pode ter sobre a transferência de crédito à habitação, nomeadamente se é ou não a melhor decisão.

1. Que alternativas existem à transferência do crédito à habitação para outro banco?

Antes de se decidir pela transferência do crédito, deve considerar as alternativas que tem ao seu dispor no seu próprio banco.

Se tiver mais do que um crédito pode optar pela consolidação de créditos. Nesta alternativa poderá poupar ao reduzir globalmente o spread.

Outra possibilidade é renegociar o crédito à habitação para aliviar as despesas mensais e evitar o incumprimento.

Se não conseguir soluções vantajosas em alguma destas alternativas, dirija-se então à porta ao lado.

2. Que benefícios podem advir de uma transferência de crédito para outro banco?

A transferência de crédito tanto pode ser aproveitada por quem tem um orçamento apertado para reduzir a despesa, mas também por quem está tranquilo e pretende apenas ter mais liquidez.

Se a sua situação financeira for complicada e a prestação ao banco elevada, a transferência de crédito é uma alternativa que poderá representar uma poupança mensal significativa com libertação de recursos para outras despesas.

Com um spread mais baixo, além de pagar menos em cada mês, irá também pagar menos juros, o que reduz o custo total do crédito.

Tenha sempre atenção à sua taxa de esforço. As despesas com créditos não devem ser superiores a um terço dos rendimentos do agregado familiar.

3. O momento atual é favorável para uma transferência de crédito?

A conjuntura neste momento é favorável. Mas poderá durar pouco tempo. Na última década, os spreads praticados pelos bancos foram mais elevados do que os que estão disponíveis agora (à volta de 1%). No entanto, se o seu spread é mais baixo do que o praticado atualmente, deixe-se estar.

Neste caso, verifique, sim, se poderá ser vantajoso alterar a sua taxa variável para fixa, antecipando-se ao aumento previsível das taxas de juro.

4. Se fizer a transferência de crédito vou ter de manter os produtos e serviços que contribuíram para a redução do meu spread?

Confirme se para a taxa de juro que tem no seu banco atual concorrem outros custos como produtos e serviços subscritos na altura do contrato para obter um spread mais baixo e que, não integrando a sua prestação, incrementam o valor mensal a pagar à instituição e parceiros. É o caso de cartões de crédito, seguros de Vida, Multirriscos Habitação ou de Saúde, descobertos autorizados, entre outros.

Ao passar o crédito para outra instituição poderá também deixar de ter essas despesas associadas ao seu crédito original. Tudo vai depender de comparar as ofertas.

5. Quando transferir o crédito posso pedir mais dinheiro ou aumentar o prazo do empréstimo?

Será um novo crédito, por isso, pode aproveitar para pedir mais dinheiro, aumentar ou diminuir o prazo, sem penalizações. Pode também aproveitar para fazer um crédito complementar para, por exemplo, financiar obras de renovação da sua casa. É uma questão de fazer as contas e verificar se continua a poupar em relação às despesas que tinha anteriormente.

Tenha em conta os novos prazos para créditos à habitação que é no limite de 40 anos, para menores de 30 anos, e obrigatoriamente inferiores para clientes com mais idade.

Acima de tudo, compare o comparável. Peça simulações ao seu banco com o que irá pagar até ao final do contrato para ter um termo de comparação. Ou, melhor ainda, peça ajuda a intermediários de crédito que podem fazer esse trabalho por si, sem custos associados.

6. Quanto pode custar a transferência do crédito à habitação?

Muitos bancos suportam os custos associados com a transferência de créditos. É do interesse deles captar novos clientes. Alguns bancos comparticipam a comissão de reembolso antecipado do empréstimo a pagar ao banco anterior.

Mas, se não for o caso, lembre-se que terá de pagar a comissão por reembolso antecipado. Esta comissão varia entre 0,5% do valor em dívida para créditos com taxa variável e os 2% (quatro vezes mais) para créditos com taxa fixa. Além disso, poderá ter despesas relacionadas com escrituras, avaliação do imóvel, comissão de dossier, entre outras. São, no fundo, em traços gerais, despesas que teria se comprasse uma casa nova.  

Mais uma vez, compare o comparável e verifique se estas despesas compensam a poupança que obterá a longo prazo. Ou delegue em intermediários de crédito profissionais.

7. Quais são os documentos necessários para fazer uma transferência de crédito?

A maioria dos documentos necessários para uma transferência de crédito, foram-lhe também solicitados aquando do contrato de crédito à habitação. Em traços gerais são os seguintes, podendo variar por exemplo quando é trabalhador independente:

- documentos de identificação dos titulares do crédito à habitação;

- comprovativos de morada e de IBAN;

- última declaração e nota de liquidação de IRS;

- três últimos recibos de vencimento (trabalhadores dependentes) ou recibos dos últimos seis meses (trabalhadores independentes);

- extratos bancários dos últimos três meses;

- declaração da entidade patronal;

- cópia da escritura do imóvel;

- caderneta predial e certidão de teor;

- Mapa de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal;

- outros documentos que o banco peça para aprovar o crédito à habitação.

8. Há alguma situação em que não seja recomendável a transferência?

Tem sempre de fazer contas. Por exemplo se a sua escritura for anterior a 2011, as suas prestações são alvo de deduções fiscais em sede de IRS. Se fizer um novo crédito deixará de ter essa vantagem. Mas, o mais certo, é que a redução do spread seja mais vantajosa do que as deduções no IRS.

Evite precipitar-se. Legalmente, está protegido até determinado ponto. Quando lhe for apresentada uma proposta de empréstimo, terá, no mínimo, 30 dias para refletir antes de se comprometer. E, quando receber uma proposta de um contrato de um mutuante, não pode aceitá-la antes de passarem sete dias.

Em suma, a transferência de crédito requer uma análise das diferentes variáveis para que o cliente saia de facto beneficiado. Para o ajudar nesse processo, conte com os intermediários de crédito da MaxFinance que têm conhecimentos para encontrar por si a solução de transferência de crédito mais vantajosa para o seu caso. Farão por si toda a pesquisa no mercado e ainda o ajudarão com todo o processo burocrático envolvido.

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