BPROFIT

5 dicas para escolher o fornecedor de eletricidade ideal para si

08.11.2021
Outros

Quando tanto se fala de aumento de preços da energia, quando começa o ano hidroelétrico, quando as empresas (e o Governo) começam a preparar os orçamentos para 2022, também em sua casa deve organizar-se e rever os seus contratos. Apontamos neste artigo quais os principais aspetos que deve considerar quando escolher um fornecedor de eletricidade.

Antes de mudar de fornecedor, deve analisar as ofertas disponíveis no mercado e na sua área de residência. Graças ao mercado liberalizado, se tiver apenas contrato de eletricidade e/ou gás, sem serviços associados que possam ser impeditivos da mudança, pode mudar de comercializadora sempre que entender.

Uma coisa é certa, cada fornecedor vai ter vantagens e desvantagens. Enquanto cliente, tem de ter em atenção todas as variáveis, mas poderá certamente ficar a poupar significativamente com uma mudança, tirando partido das tarifas e fazendo também as leituras, para evitar estimativas. Para o ajudar a decidir, ficam aqui cinco dicas.

  1. Todas as comercializadoras o vão querer como cliente

O mercado é extremamente competitivo e todas as comercializadoras o vão querer como cliente. O poder está nas suas mãos quando está a escolher um fornecedor de eletricidade. Deve tomar decisões informadas e não ceder à compra de impulso. Pode parecer ótimo à primeira vista, mas poderá acabar por sair caro.

  1. No mercado energético o cliente pode mudar sempre que entender

Hoje em dia, o cliente pode mudar de fornecedor de gás e/ou eletricidade, em qualquer momento. Ao contrário do sector das telecomunicações, no mercado da energia não existe fidelização. No entanto, há situações em que apenas tem direito ao seu benefício no final de, por exemplo, um ano de contrato. Neste caso, é melhor esperar e aproveitar essa vantagem. Também poderá ter subscrito algum serviço adicional (seguros/planos de saúde, painéis solares, pacotes de televisão) e nesse caso deverá cumprir o contrato, para não ser prejudicado.

  1. As diferentes componentes do preço da eletricidade

A fatura que recebe todos os meses, depende do que consome (custo da energia), e da componente fixa (potência contratada), ou seja, o valor que paga por dia, independentemente do consumo. Somam-se ainda taxas e impostos.

  • Potencia contratada (entre os 3,45 kVA e os 6,90 kVA para a maioria das famílias portuguesas): Deve escolhê-la tendo em conta a quantidade de eletrodomésticos que irá utilizar em simultâneo. Quanto mais eficientes os equipamentos e a casa, menos potência contratada necessita, logo, mais barato fica. Um eletricista pode facilmente dizer-lhe qual é a potência suficiente para a sua casa. A MaxFinance pode ajudá-lo com a certificação elétrica.
  • Custo da energia ou preço do kWh: Seja qual a sua tarifa, quanto mais consumir, mais paga. Dependendo do seu padrão de consumo, uma ou outra opção pode ser vantajosa.
    • Tarifa simples: o preço é igual a todas as horas, de todos os dias, de todo o ano.  É ideal para quem utiliza os grandes eletrodomésticos a qualquer hora;
    • Tarifa bi-horária ou tri-horária: nas horas cheias e de ponta, o preço é mais elevado que na tarifa simples, mas é mais baixo nas horas de vazio. É vantajosa para quem tem disciplina para utilizar os equipamentos que mais consomem nas horas de vazio. O ciclo pode ser diário (mais económico das 22hh00 às 07h00) ou semanal com períodos mais longos de vazio durante o fim-de-semana.
  • Taxas e impostos, incluindo a Contribuição Audiovisual: Alguns destes valores são fixos, outros, como o IVA, dependem do seu consumo. Nesta componente, as comercializadoras não podem fazer promoções.

Toda esta informação está disponível na sua fatura de eletricidade. Os horários das tarifas podem ser consultados no site da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)s.

Se optar pelo bi ou tri-horário, pelo menos um terço do seu consumo deve ser feito no horário vazio. Se adaptar os seus hábitos, irá poupar, caso não consiga essa disciplina, é melhor escolher a tarifa simples

  1. Gás, eletricidade, serviços na mesma fatura: cada caso é um caso

Fazer um contrato de eletricidade e gás natural com o mesmo fornecedor pode ser vantajoso, porque poderá conseguir usufruir de bons descontos. No entanto, o segredo para escolher bem está sempre na comparação. Dois fornecedores diferentes podem, cada um deles, ter os melhores preços um no gás outro na eletricidade. Deste modo pode ficar a pagar menos com dois fornecedores do que com um pacote dual.

O barato por vezes sai caro. Para que o preço seja mais competitivo, as comercializadoras fazem constantemente promoções através das quais os clientes obtêm mais descontos ao subscrever outros serviços adicionais. Mas, tenha sempre em atenção: vai de facto utilizar esse serviço? Não terá já uma oferta semelhante incluída em algum outro serviço que usufrua? O preço que vai pagar pelo serviço adicional, compensa o desconto percentual que vai ter? 

Outra situação comum é a oferta de cartões de desconto em supermercados, gasolineiras, entre outros. Será que compensa aderir por causa desses descontos colaterais ou será melhor encontrar outra comercializadora que, embora não tenha essa oferta, tenha um desconto real? O valor que sobrar, poderá ser gasto, investido, ou colocado numa poupança.

Deve também prestar atenção aos contratos. Não obstante a energia não ter fidelização, as ofertas adicionais, que as comercializadoras fazem, podem ter (por exemplo pagamento de painéis solares ou instalações para veículos elétricos a prestações). Ou seja, se as cancelar poderá ser penalizado nos descontos alcançados no momento da negociação ou até mesmo ver-se impedido de mudar para uma comercializadora mais barata.

Escolher um fornecedor de eletricidade não é uma receita simples. Varia inclusivamente com a localização da sua casa, pois há comercializadoras que não cobrem todo o país.

  1. A opinião dos seus familiares e amigos é mais importante que qualquer estudo comparativo

Analisados todos os aspetos quantitativos, ficam em falta os aspetos qualitativos. Consultar o Portal da Queixa ou a DECO, é uma boa bitola. Também pode verificar nas redes sociais de entidades independentes ou das próprias comercializadoras se há queixas visíveis. A ERSE é outra fonte importante. Mas, para saber se a opção que encontrou vale de facto a pena, a opinião mais importante é a daquelas pessoas em quem mais confia: os seus familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho. De preferência aqueles que escolheram a comercializadora que pretende contratar.

A melhor solução pode levar tempo a encontrar, mas ficará certamente mais bem servido. Em suma, avalie as suas necessidades (potência contratada, tipo de tarifa) faça as mesmas perguntas a cada empresa que contacte:

  • Os preços praticados: potência contratada, energia, tarifas. Confirme se o preço inclui os custos de acesso às redes para poder comparar com mais precisão;
  • As ofertas incluídas na promoção em cursos: reduções, oferta de cartões de desconto, outros serviços adicionais por um custo adicional;
  • Duração da oferta (pode compensar mudar regularmente de comercializadora);
  • Condições de rescisão de contrato.

Esquematize a informação, utilize simuladores, como por exemplo o da ERSE, para o ajudar a escolher o fornecedor de eletricidade que melhor se adapta ao seu perfil. Pode também solicitar ajuda para mudar de comercializadora à ADENE.

Tem ainda ao seu dispor os consultores MaxFinance que o podem ajudar na Certificação Energética de sua casa, o que contribuirá também para reduzir a sua fatura no final do mês.

partilhar